Braços cruzados, máquinas paradas
PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA
COORDENAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
ESPECIALIZAÇÃO EM DIREITO DO TRABALHO E
PROCESSO DO TRABALHO
Acadêmica: Tatiana Givisiez Von Kriiger
Professor: Platon Texeira de Azevedo Neto
ANÁLISE DO FILME: “Braços cruzados, máquinas paradas”
Goiânia
Julho/2012
O presente trabalho visa uma breve visão sobre o início das Greves e o surgimento dos Sindicatos no Brasil, através de uma análise do documentário “Braços cruzados, máquinas paradas”, que demonstra com precisão a luta da classe trabalhadora, sobretudo a organização dos metalúrgicos da cidade de São Paulo e surgimento das primeiras greves e a batalha travada entre empregados e empregadores. O fato central do documentário é a eleição do sindicato e as greves que ocorreram em 1978. Em Braços Cruzados, a história é contada pelos sujeitos que a fazem, ou seja, a própria classe operária mobilizada em luta. Documentário este dirigido por Roberto Gervitz, formado em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo, seus trabalhos se notabilizam pela temática social e política, também dirigiu os documentários Greve Geral (1976) e A história dos ganha-pouco (1977). Em 1986 roteirizou e dirigiu o longa-metragem, Feliz ano velho, adaptação do livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva. Importante se faz remetermos ao contexto histórico em que o documentário foi baseado, momento este que os Direitos Trabalhistas encontravam-se ganhando, o Brasil governado por Getúlio Vargas período conhecido como Estado Novo, cuja administração estabeleceu uma lei trabalhista de inspiração fascista a “Carta del Lavoro”, promulgada pelo ditador italiano Benito Mussolini em 1927. Legislação está que limitava a organização sindical e favorecia o peleguismo (forma de sindicalismo atrelado aos