Brasília
“Deste planalto central desta solidão que em breve se transformará em cérebro das altas decisões nacionais, lanço os olhos mais uma vez sobre o amanhã do meu país e antevejo esta alvorada com fé inquebrantável e uma confiança sem limites no seu grande destino”. A nova capital foi inaugurada em 1960, último ano do mandato do presidente Juscelino Kubitschek, que durante toda a campanha presidencial defendeu a criação da nova cidade, que passou a ser vista como símbolo da modernidade e principalmente de um novo Brasil. A modernidade não estava apenas nas linhas das construções de Oscar Niemeyer e Lúcio Costa no traçado da cidade, mas principalmente na idéia de desenvolvimento global. Durante o período colonial alguns já falavam na interiorização da capital, como os inconfidentes mineiros, que pretendiam fazer de São João del Rei a capital do país livre. A primeira idéia concreta em relação a transferência da capital apareceu em 1823, com a proposta de José Bonifácio de Andrada e Silva, que inclusive sugeriu o nome de Brasília. Com a proclamação da República nova Constituição foi elaborada e novamente a idéia foi debatida, sendo aprovado um dispositivo que determinava a realização de estudos para a construção da futura capital; porém, o processo e as verbas necessárias não saíram do papel. Durante o governo de Rodrigues Alves no início do século, o Rio de Janeiro, então capital, foi reurbanizado fortalecendo a tendência de manutenção pelos anos subsequentes. Após o movimento de 1930, a idéia foi retomada com a Grande Comissão Nacional de Revisão territorial e Localização da Capital, controlada pelo IBGE, porém este foi um período de crise e com o início do Estado Novo em 37 a idéia foi novamente "esquecida".
Após este período, a idéia voltou revigorada, aprovada na Constituição de 1946, que determinava