Brasilia

Na época em que Brasília foi construída, o país passava por um momento democrático. Após o período ditatorial de Vargas, em 1946, foi elaborada uma nova Constituição que redemocratizou o processo eleitoral brasileiro através voto direto e secreto. No campo político e econômico esses anos foram de muita discussão entre o nacionalismo e a abertura do mercado brasileiro ao capital internacional, sintetizada pelas disputas entre conservadores e progressistas. Em meio a esse período conflituoso, a frágil democracia da época foi colocada à prova durante a eleição de Juscelino Kubitschek em 1955.
Sua posse somente foi garantida no ano seguinte com o país em estado de sítio. Após assumir o cargo de presidente, JK implementou em seu governo um projeto desenvolvimentista, promovendo um surto industrial, fato que contribuiu definitivamente para uma forte urbanização do Brasil.
A construção de Brasília estava dentro do projeto de modernização do país, simbolizado pelo slogan "50 anos em 5", que pôs fim às restrições ao capital estrangeiro. Essa política desenvolvimentista previa investimentos diretos em infraestrutura e investimentos indiretos através de benefícios fiscais, no intuito de atrair o capital externo.
Para o sucesso dessa política, JK elaborou um Plano de Metas a fim de promover a expansão da capacidade energética, assim como do parque siderúrgico e da malha viária do país. Nesse contexto, a imagem de JK foi associada à ideia de leveza e sofisticação que lhe rendeu o epíteto de "presidente Bossa Nova", em referência ao novo gênero musical surgido no Rio de Janeiro no final da década de 1950.
Apesar de a nova Capital brasileira ser construída no final da década de 1950, a ideia da sua transferência para o centro-oeste remonta ao período colonial, com Marquês de Pombal. Já o nome Brasília foi sugerido em 1823 por José Bonifácio, e a localização da futura capital seria definida no início do período republicano, por uma expedição realizada em 1892.
Todavia, o próprio