MICHEL FOUCAULT E HANNAH ARENDT
Livro: Vigiar e Punir
Aborda a questão do poder;
Anteriormente como Maquiavel, por exemplo, poder estava relacionado ao Estado;
Foucault propõe uma repartição;
Foucault alega que nas sociedades modernas, o poder não estava tão somente ligado ao Estado.
Examinando os documentos do séc. XVI e XVIII nos discursos dos reformadores penais (tramito do medievo para a modernidade, propunham mudanças no sistema punitivo), conclui uma descoberta: todos os representantes penais tinham algo em comum: a rejeição categórica das penas com o puro intuito de punir.
A punição não deve ter como resultado a prisão.
Obs: as práticas de punição eram essencialmente corporais.
Obs: apesar de fracassada no discurso, a prisão se torna vitoriosa.
Por que a prisão se impôs como forma punitiva?
A prisão foi vitoriosa porque representou “coisas” maiores do que ela. A prisão significa uma mudança das próprias práticas de poder.
A prisão é parte de um fenômeno mais amplo do que ela própria. A prisão encorpou um mecanismo geral: caráter disciplinador.
Foucault diz que controle social não torna as pessoas melhores, torna as pessoas mais controladas.
O ritual de punição empregado pelo monarca em praças públicas representava uma punição por desacatar o monarca, ofender o monarca, não a população em geral (modo soberano de punir).
As punições estavam ligadas principalmente com mutilações.
O poder disciplinar quer habilitar; Habilitar a tornar-se dócil não é um poder como surgido de inabilitar corpos (presentes nos castigos dos monarcas)
O poder disciplinador está ligado sob o controle, sob o modo de agir (modo de falar, modo de se vestir).
Objetivo: fazer com que aqueles que estejam sob o poder disciplinar tornam-se dóceis e possam automaticamente realizar ações.
Na prisão, assim como em uma escola, um quartel, o modo de agir das pessoas não é resultado de uma naturalidade, e sim de uma artificialidade, fruto de um mecanismo criado pelo homem.
Suplício