Brasileiros que fizeram a diferença
ANTONIO PEREIRA REBOUÇAS
Antonio Rebouças, era filho de uma escrava liberta, Rita Brasilia dos Santos, seu pai era o alfaiate português Gaspar Pereira Rebouças. Nasceu em 10 de agosto de 1798, na cidade de Maragogipe, Bahia . Um negro de origem pobre, que foi uma exceção em sua época, uma vida que mereceu registros, apesar de ter nascido em uma época em que o negro ainda não tinha se “libertado” do estereótipo de escravo, teve uma infância humilde, seu pai o alfabetizou, e com muito custo conseguiu uma instrução primária. Mas o bastante para exercer o cargo de escrevente em um cartório de tabelião.
Nesse emprego, revelou decidida vocação para a carreira de advogado, se tornando autodidata da profissão, segundo um de seus biógrafos Antonio Loureiro de Souza,ele lia os autos com interesse, estudava os argumentos das partes e estudava com muita atenção as particularidades da profissão. Soube suportar as agruras ¹ de ser um negro em um meio tão preconceituoso, “Nunca alijou, na rota que se traçara, a carga pesada e embaraçosa da honestidade, mas de real valia, que recebera como herança dos progenitores e soube conservar intata e incorruptível.” Op cit. Superou as dificuldades em 1846 a Camara dos Deputados concedeu-lhe licença para advogar em todo país, se tornou conselheiro de D. Pedro II durante a sua monoridade no Brasil, mostrando a superação por D. Pedro I ser português e já com um princípio racista.
Ele se dedicou muito a causa da Independencia, se tornou combatente merecendo o posto de CAVALEIRO DA ORDEM DO CRUZEIRO. Envolveu-se na vida política como secretário do governo do Sergipe, A partir de 1826 era um dos diretores do partido constitucional da Bahia. Eleito conselheiro do governo, passou a exercer, em 1828, o cargo de conselheiro geral da província, no mesmo ano ele se tornou redator do jornal “Constitucional” escrevendo artigos sobre o pseudônimo de Catão. Depois fundou o jornal “O Baiano” onde se tornou