Análise do curta-metragem identidades em trânsito
Documentário, de Daniele Ellery, Márcio Câmara,
O filme inicia Mostrando, através de relatos de estudantes de Guiné-Bissau e Cabo verde que ganharam bolsa para estudar no Brasil, o que eles sabiam sobre o Brasil, era o futebol, Carnaval e as praias. Eles relatam que as novelas brasileiras que lá passavam, mostravam que todos no Brasil vivem bem, até o pobre que mora na favela tem uma casa “bonitinha” e é feliz. Ao chegarem ao Brasil, eles tem um choque com a realidade e a cultura daqui, as casas de tijolos e sem acabamento, lagos com mau cheiro, em contraste com as praias e com as belas paisagens. Estranharam certos hábitos brasileiros, que eles não estavam familiarizados e até mesmo o idioma que apesar de ambos terem o português como idioma oficial, têm suas diferenças, como por exemplo, em palavras que graficamente são iguais, mas tem os significados distintos. Eles contam que os jornais brasileiros dão maior atenção às notícias dos Estados Unidos e da Europa, e quando passam alguma coisa sobre a África ou o Brasil, é algo grave que aconteceu. Com a independência de cabo verde, os alunos de cabo verde conseguiram bolsa do governo em cooperação com países estrangeiros para estudar fora do país. Eles recebiam uma ajuda financeira muito baixa do governo, e precisavam trabalhar, para conseguirem viver fora do país. O governo não fez um planejamento antes de mandarem os estudantes, enviaram muitos para fazerem faculdade de economia e direito, por exemplo, e para outras profissões não mandaram ninguém. Muitos fizeram faculdade, e ao voltar para cabo verde ou Guiné Bissau descobriram que não tinha mercado para o curso que eles fizeram. Assim, eles demoraram a conseguir emprego e a casa própria. Os universitários estrangeiros relatam que em seus países desde a colonização, há todo um preconceito sobre o Brasil, de que o brasileiro não gosta de trabalhar e é preguiçoso. Os estudantes que recebem bolsa para estudar em