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Desarmamento
Armas a menos, crimes a mais
Apreensão de armamento ilegal cresceu 50% no Paraná de 2008 para 2009; número de homicídios a tiros, porém, cresceu 7%
Publicado em 19/03/2010 | Guilherme Voitch
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Mesmo com um aumento no ritmo de apreensões de armas de fogo no Paraná, o número de mortes violentas continua subindo em todo o estado. O desarmamento da população é notoriamente apontado como saída para reduzir os índices de violência. A relação foi amplamente explorada pelo governo federal durante a campanha do desarmamento entre 2004 e 2005.
Dados da Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) mostram que aumentaram em 50% as apreensões de armas entre 2008 e 2009. Os homicícios dolosos, cometidos em sua maioria com armas de fogo, no entanto, não diminuíram. Segundo o relatório estatístico da Sesp, foram registrados 1.490 inquéritos desse tipo de crime no primeiro semestre do ano passado – isso significa 7% a mais que no mesmo período do ano passado.
"Impunidade é que gera criminalidade"
Um dos principais defensores da continuidade da venda de armas de fogo durante o referendo do Desarmamento, o advogado e presidente da ONG Movimento Viva Brasil Benê Barbosa afirma que é a impunidade a principal razão do grande número de homicídios cometidos no Brasil. “Quem entregou as armas na campanha do desarmamento foi a população de bem”, diz.
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Sesp diz que relação é "simplista"
Para a Secretaria de Segurança Pública, dizer que a redução dos índices de violência e a apreensão de armas têm uma relação direta é uma afirmação “simplista”. Em nota divulgada para responder os questionamentos da reportagem da Gazeta do Povo, a secretaria afirma que é de “uma visão ingênua atribuir a apenas um fator a diminuição dos índices de violência”.
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O relatório oficial