braquiterapia
Em 1901, Henri Becquerel queimou-se acidentalmente enquanto trabalhava e Pierre Curie, marido e companheiro de pesquisas de Marie Curie, resolveu espalhar rádio impuro no braço daquele durante 10 horas. Na pele, desenvolveram-se crostas e uma úlcera. A pele demorou 52 dias para se reconstituir, deixando uma cicatriz. Em seguida, Curie emprestou a um médico amigo, Dr. Danlos, uma pequena quantidade de rádio, que foi usada para preparar aplicadores de superfície no tratamento de lesões de pele. Este foi o início clínico da braquiterapia.
Em 1903, Alexadre Graham Bell escreveu: “Não há razão pela qual uma pequena quantidade de rádio, selada num tubo de vidro fino, não possa ser inserida no interior de um tumor maligno agindo assim directamente sobre a lesão. Não valeria a pena fazer experiências ao longo dessa linha de pensamento?”
Os braquiterapeutas pioneiros limitavam-se a inserir grandes tubos de rádio, dentro do tumor, por um certo período, e retirá-los posteriormente, o que teve muito sucesso no tratamento de células tumorais.
Inicialmente, os problemas com a exposição à radiação intimidaram muitos radioterapeutas da época. Durante as décadas de 1960 e 1970, houve uma grande diminuição da popularidade da braquiterapia. Isso aconteceu por causa da falta de oportunidades no treinamento em braquiterapia, do advento da teleterapia com o cobalto 60 e com os aceleradores lineares médicos e, ainda, por causa da idéia errônea de que a teleterapia poderia curar tudo. A braquiterapia chegou a ser considerada obsoleta pelos radioterapeutas.
Nos anos 80, surgiu um renovado interesse em todas as formas de braquiterapia, isolada ou associada com outras modalidades terapêuticas. Surgiram novos radioisótopos (alguns de baixa energia) e uma dosimetria refinada, com