Brandi
AULA 4 - 01/07
Cesare Brandi (1906-1988)
“Teoria da Restauração” (1963)
Em geral entende-se por restauração por qualquer intervenção voltada a dar novamente eficiência a um produto da atividade humana (...).
Ter-se-á, portanto, uma restauração relativa aos manufatos industriais e uma restauração relativa às obras de arte (...). Na verdade, quando se tratar de produtos industriais (...) o escopo da restauração será evidentemente restabelecer a funcionalidade (...). Mas, quando se tratar, ao contrário, de obras de arte, mesmo se entre as obras de arte haja algumas que possuam estruturalmente um objetivo funcional, como as obras de arquitetura (...) claro estará que o restabelecimento da funcionalidade, se entrar na intervenção de restauro, representará, definitivamente, só um lado secundário ou concomitante, e jamais o primário e fundamental que se refere à obra de arte como obra de arte.
(BRANDI, 1963)
Crítico de arte, teve papel fundamental na fundação do
Istituto Centrale del Restauro em Roma.
Alois Riegl em 1903 inicia a discussão do monumento quanto ao seu valor histórico e artístico, e salienta que o valor histórico pode ser atribuído a qualquer coisa enquanto que o artístico é um valor que transcende e se mantém mesmo já superado o momento histórico de sua criação. Isto é possível desde que a “vontade de arte” (kunstwollen) do objeto venha ao encontro da atual.
Portanto, o valor artístico para Riegl não é eterno, mas relativo e moderno. Esta questão é retomada por Cesare Brandi em sua teoria para ele o reconhecimento de obra de arte está intrinsecamente relacionado com a restauração, e é seu fator determinante.
AULA 4 - 02/07
PARA BRANDI A DOIS TIPO DE RESTAURO:
Um relativo aos ARTEFATOS INDUSTRIAIS, cujo objetivo da restauração é o restabelecimento da funcionalidade.
Outro referente às OBRAS DE ARTE, cujo restabelecimento da funcionalidade é “só um