cesare brandi
No século XIX e XX os teóricos buscavam selecionar o que pode ou não ser restaurado, para evitar que as intervenções causassem mais danos que o tempo. Criando regras para que sejam seguidas de forma que não prejudique o lado histórico das obras.
Brandi teve grande destaque em cima de diversas obras de arte, pois após a Segunda Guerra Mundial, muitos monumentos foram destruídos. Foi da escassez de recursos na época que veio a ideia de criar a sua Teoria do restauro para que seja uma base a seguir na prática.
Segundo Brandi “restaura-se somente a matéria da obra de arte[...]; o restauro deve observar o restabelecimento da unidade potencial da obra de arte, sem cometer um falso artístico ou um falso histórico, e sem apagar os traços da passagem da obra no tempo” (BRANDI, 2004, p. 31), isso significa que é priorizado a obra de arte junto ao caráter histórico, o que é diferente de qualquer produto da ação humana.
Quando o objeto a ser restaurado se encontra deteriorado, não é possível saber exatamente como era quando novo, portanto a intervenção é baseada nos resquícios. Para Brandi as intervenções deveriam partir de valores ligados ao significado histórico do objeto, analisando o estado físico da obra, com olhar técnico, estilístico, histórico e filosófico, deixando de lado o gosto pessoal. Estabeleceu que as intervenções devessem ser notadas por qualquer pessoa com ou sem experiência na área e que fossem reversíveis, para retirada no caso de alguma futura alteração.
O restauro é responsável por futuras interpretações, por isso tem que ser executado minunciosamente com rigor crítico-cultural, para que não haja contrapontos históricos e estilísticos que prejudiquem o conceito inicial da obra.
A partir daí a conservação do patrimônio cultural de forma geral, ganhou seu espaço em meio a