BRA - EUA - USA
CERVO, Amado Luiz e BUENO, Clodoaldo. Livro: História da política exterior do Brasil, 2°Ed. Brasília: Editora UNB, 2002. Disponível em: Coleção O Brasil e o Mundo – 526p. ISBN 85-230-0661-3.
Capítulo "Rio Branco: prestígio, soberania e definição do território (1902-1912)”
As grandes linhas da política externa do patrono da diplomacia brasileira foram: a busca de uma supremacia compartilhada na área sul-americana, restauração do prestígio internacional do país, intangibilidade de sua soberania, defesa da agroexportação e, sobretudo, a solução de problemas lindeiros – Pág. 177.
O estreitamento das relações com os Estados unidos atendia aos interesses das oligarquias dominantes do sistema político brasileiro. O Brasil, na periferia do sistema capitalista e exportador de produtos tropicais, de acordo com a divisão internacional do trabalho estabelecida em fins do século XIX, (...) – Pág. 177.
É preciso advertir que, no período em tela, o Ministério das Relações Exteriores teve, na prática, autonomia de ação, decorrente do prestígio de seu titular. (...) – Pág. 178.
A exata noção da influencia dos Estados Unidos no concerto internacional levava Rio Branco a ver a Doutrina Monroe como elemento de defesa territorial do continente; “ A Doutrina de Monroe e o repeito misturado de temor , que pelos seus processos novos os Estados Unidos inspiram as grandes potencias da Europa, tem servido para impedir, desde há muitos anos, que elas pensam em violências e para impedir, desde há muitos anos, que elas pensem em violências e conquistas no nosso continente” - Pág. 178.
(...) Além de aceitar a posição norte – americana, não acompanhou o ministro argentino Drago, no seu protesto contra a cobrança coercitiva da dividas, por entender que não estava em causa a Doutrina Monroe. (...) A potência do Novo Mundo, que então e exercitava a sua área de influencia, deu o seu nihil obstat, pelo fato de o bloqueio não envolver