BPF

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BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO DE ALIMENTOS

A década de 80 no Brasil foi chamada de “década perdida” pelo ponto de vista econômico, neste período o país sofreu a interrupção de uma longa história de crescimento. A crise financeira se instalou em função de um conjunto de causas entre as quais, o peso insustentável da dívida externa, o imobilismo gerado por uma excessiva proteção à indústria nacional, o fracasso dos programas de estabilização no combate à inflação e o esgotamento de um modelo de desenvolvimento, baseado fundamentalmente na intervenção generalizada do Estado na economia, esgotamento esse baseado na crise do Estado brasileiro que diminuiu sensivelmente a sua capacidade de investimento, retirando-lhe o grande papel de principal promotor do desenvolvimento (FERNANDES & PAIS, 2009).
Esta posição de retração do estado em relação à economia do país levou o setor comercial e industrial a procurar por novas tentativas de conquista de mercados, visto que internamente o país não estava oferecendo vantagens. Mas a indústria nacional não estava preparada para atender exigências internacionais e teve que buscar novas metodologias de trabalho para atender as tendências de consumo mundiais.
Outra conduta que afetava a cadeia produtiva era o desperdício de alimentos, desde a fonte produtora até o consumo final, fazendo-se necessário criar métodos de produção e transporte que minimizassem tais perdas. A partir da década de 1990, ocorreram ações orientadas para a redução da fome e da desnutrição, através do combate ao desperdício de alimentos (MESA BRASIL- SESC, 2009).
Neste contexto, em 1988 foi instalado no Brasil o Projeto APPCC (Análise de perigos e pontos críticos de controle) a partir de uma parceria entre a CNI/SENAI e o SEBRAE e também seus pré-requisitos (Boas Práticas - BP e Procedimentos Padrões de Higiene Operacional - PPHO). Tais projetos foram criados no intuito de apoiar os estabelecimentos com atividades alimentícias com objetivo de produzir

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