Bourdieu
CENTRO DE ARTES HUMANIDADES E LETRAS – CAHL
CURSO DE ARTES VISUAIS SEGUNDO SEMESTRE
DISCIPLINA DE SOCIOLOGIA DA ARTE – PROFESSORA SALETE NERY
ALUNO: THYAGO NASCIMENTO DA SILVA
A PRODUÇÃO DA CRENÇA contribuição para uma economia dos bens simbólicos
Pierre Bourdieu
A Denegação da "Economia" Trata dos ganhos econômicos advindos das produções artísticas, o qual é convertido em um capital simbólico, onde a única acumulação legítima, tanto para o autor quanto para o crítico, ou marchand, ou editor, ou diretor de teatro, consiste em adquirir um nome conhecido e reconhecido. O capital transforma-se no poder de consagrar objetos ou pessoas, dando valor a estes e obtendo benefícios consequentemente.
Quem Cria o Criador? A ideologia carismática encontrada na própria origem da crença professada no valor da obra de arte constitui o principal obstáculo a uma ciência rigorosa da produção do valor de tais bens. O comerciante de arte não é somente aquele que outorga à obra um valor comercial, mas é aquele que pode proclamar o valor do autor que defende. Por outro lado, o comerciante de arte só pode contribuir com sua "descoberta" se colocar a seu serviço toda a sua convicção, excluindo manobras comerciais, manipulações e pressões, em benefício de uma forma mais discreta de relações públicas, reuniões informais, recepções e confidências as mais criteriosas possíveis.
O Círculo da Crença O poder de consagrar que é reconhecido ao comerciante de arte advém de uma descoberta inspirada, pois são guiados por uma paixão desinteressada e irrefletida de uma obra. Ampara o autor nos momentos difíceis, respaldados na fé que colocam nele, orientando-os e livrando-os das preocupações materiais. Noutro ponto, adquire uma autoridade ou crédito junto a um conjunto de agentes, que constituem relações tanto mais preciosas quanto maior for este crédito.
Fé e Má-Fé O valor da obra e a crença que lhe serve de