Bourdieu

Universidade Federal de Lavras
Curso: Pedagogia
Disciplina: Sociologia III
Professor/a formador/a: Vera Simone Schaefer Kalsing:
Professor/a tutor/a: Flávia Aparecida Mendes de Oliveira Cruz

Bourdieu e suas contribuições à educação

Vanessa Siqueira Pereira Vilela

Bourdieu a partir dos anos 60 deu uma resposta abrangente para o problema das desigualdades sociais. Segundo Nogueira e Nogueira (2002), essa resposta foi um marco na história da prática educacional em todo o mundo. A teoria desenvolvida por Bourdieu começava citando que os indivíduos da classe alta seriam melhores quando comparados aos indivíduos da classe baixa. Ele acreditava que as pessoas não deveriam assumir que a classe alta era superior a classe trabalhadora. Ele afirmava que a culpa dessa diferença no desenvolvimento de alunos oriundos de classes diferentes era devido ao capital cultural, que seria a herança cultural que o aluno já traz de casa para a escola. E ele culpava o sistema educacional por acentuar essa diferença e questionava como uma criança oriunda de uma classe operária poderia competir com uma de classe abastada. A partir dessa situação percebia-se que o aluno sem o capital cultural, já estaria marginalizado à medida que a escola o excluía usando códigos que ele nunca tinha visto antes, exigindo um conhecimento prévio que ele não tinha, culminando assim na violência simbólica. Discorrendo sobre este assunto Souza (2012) afirma A violência simbólica parte do princípio de que a cultura simbólica ou sistema simbólico é arbitrário, uma vez que não assenta numa realidade dada como natural, o sistema simbólico de uma determinada cultura é uma concessão social, e sua manutenção é fundamental para a perpetuação de uma determinada sociedade, através de interiorização da cultura por todos os membros da mesma. (SOUZA,2012,P. 24)

Segundo Nogueira e Nogueira (2012), a escola para Bourdieu “não seria uma instância neutra que