Borderline
uma das suas principais âncoras numa perturbação precoce do desenvolvimento ao nível da estruturação da constância objectal aquando da sub-fase de reaproximação da fase de separação-individuação
(Mahler et al., 1975) e posteriores reaproximações (A. C. Matos, 1994)
Estando no borderline a representação do self ligada à representação objectal, a perda do objecto de apoio fundamental tende a originar uma perda na continuidade do self (A. C. Matos,
1994), isto é, no sentimento de existir, por falta de referências que, ainda que por tempo limitado, desencadearia no indivíduo angústias desorganizadoras de aniquilamento e morte decorrente do confronto com o abismo do vazio sentido. Estas dificuldades associam-se à sua dificuldade em aceder à capacidade de estar só (Winnicott,
1958) por falta de bons objectos internos geradores de segurança.
Verifica-se ocasionalmente a ocorrência de episódios psicóticos (Gunderson & Kolb, 1978) aos quais estão frequentemente associadas fantasias de abandono, destruição e necessidade imperiosa da presença do outro
e à elaboração do Édipo e da posição depressiva não permite ao borderline identificar-
-se facilmente com os objectos do sexo oposto, lidar com a competição com o rival nem viver uma sexualidade significativa, mas sobretudo agida com pouco suporte psíquico (M. Matos,
2000).
Aprisionado numa «cadeia afectiva bloqueadora a afirmação da identidade terá muitas vezes de passar pela expressão dramática da ruptura, do desvario ou do comportamento anti-social» (B. Malpique, 1999, p. 59). (C. Apesar do seu investimento afectivo no mundo (D. que o rodeia, facilmente se desilude e estabelece (E. rupturas com o outro, com consequente (F. «apagamento da sua