Fichamento
O texto relata os índices de alfabetismo funcional e analfabetismo, apresentados em levantamentos como a Pesquisa Nacional, os quais apresentam um quadro extremamente preocupante, 9,7% da população brasileira acima de 15 anos é analfabeta, o que corresponde a cerca de 14,1 milhões de pessoas. Os indicadores revelam ainda que 52% dos brasileiros entre 15 e 64 anos que estudaram até o 4º ano do ensino fundamental atingiram apenas um grau rudimentar de alfabetismo, são capazes de localizar informações explícitas em textos curtos, mas não compreendem textos mais longos. Mas ainda que os índices mencionados revelem uma tendência de queda, se comparados com pesquisas anteriores, eles apontam que o acesso à escola não tem resultado necessariamente em uma ampliação significativa da aprendizagem de uma população que, por muito tempo, foi excluída da escola e que agora, apesar de ter acesso a ela, não consegue aprender ou enfrenta problemas para isso. Ao lado do analfabetismo, há outro obstáculo a ser encarado, que é a falta de estímulo à leitura, pois esta costuma ser considerada uma tarefa escolar chata e cansativa. O professor é um dos maiores responsáveis pela influencia a formação de leitores, perdendo apenas para a mãe ou a mulher responsável pelos cuidados das crianças, mas a leitura não está entre as atividades que os professores realizam com maior frequência, ficando atrás de assistir à televisão, ouvir rádio e escutar música em casa. O professor deve incentivar o gosto pela leitura de livros e gêneros textuais diversificados, ler em voz alta para seus alunos, contar histórias, estimular as idas à biblioteca, valorizar a leitura como fonte de entretenimento e conhecimento, estimular o cuidado com os livros e outros materiais de leitura, trabalhar com diferentes tipos de gêneros e portadores