Borboletas da alma
* Tânia Ribeiro
As conexões realizadas pelo ser humano em relação ao que é externo a seu organismo, dependem de trilhões de “conexões ocultas”, as quais perfazem seu corpo, geralmente percebidas por estímulos externos e comandadas por respostas internas dadas pelo nosso sistema Nervoso Central. Em Borboletas da Alma, uma obra escrita por Drauzio Varella, médico formado pela USP com larga experiência em oncologia, pois trabalhou por vinte anos no Hospital do Câncer, foi também médico voluntário na casa de detenção de São Paulo (Carandiru) por treze anos. Escritor consagrado de vários livros como: Estação Carandiru (1999), obra responsável por ele ganhar os prêmios Jabuti de Não ficção e Livro do ano. Escreveu também Por um Fio (2004), ambas as obras editada pela Companhia das Letras, além de escrever obras infantis como: De braços para o alto (2002), e Nas ruas do Brás(2000), esta última lhe rendeu os prêmios Novos Horizontes da Bienal de Bolonha, e Revelação Infantil da Bienal do Rio de Janeiro. Atualmente é responsável por um projeto prospectivo de plantas medicinais amazônicas no Rio Negro. O autor descreve de forma simples e poética a organização e evolução dos organismos vivos no planeta Terra em um contexto biopsicossocial. A obra é estruturada em V partes, das quais cada uma é subdividida em subtítulos de relevância ao tema principal de cada parte da obra. A primeira delas, Varella relata sobre a evolução da vida na Terra. Trilhões de espécies de organismos vivos já povoaram e ainda povoam nosso planeta. As que continuam aqui precisaram e constantemente passam por um processo de seleção natural, em que só os mais fortes e competitivos sobrevivem e se replicam. “A vida nada mais é que uma replicação eterna.” (p.15), conforma a teoria de