Boa fé objetiva
Por: Maria Coelho Rosa Nôvo
Estudante de Bacharelado Interdiciplinar em Humanidades, UFBA. Professor de Filosofia na Universidade de Paris X e pensador, Francis Wolff escreveu inúmeros livros, entre eles, Aristóteles e a Política, publicada em 1997. Ele tinha como principal alvo o estudo do homem, como no seu texto As quatro concepções do homem, em que ele discorre sobre o tema “definição do homem” sob diferentes ângulos.
O livro que contém o texto de Wolff, A condição humana: As aventuras do homem em tempos de mutação, traz à tona o questionamento da condição humana. Para o Organizador Adauto Novaes, vivemos em um momento de transição, ao qual as regras e conceitos que conhecemos não se aplicam, abrindo espaço assim para a analise dos questionamentos de vários âmbitos.
Na parte introdução do texto, o autor cita Kant como indagador de três perguntas ditas fundamentais para o homem se fazer: “O que devo fazer?” (questão prática ou moral), “o que posso saber?” (questão teórica ou especulativa), “o que posso esperar?” (pergunta metafisica e religiosa), e a mais indagadora e chave para todas elas: “o que é o homem?”. E é a partir dela que se pode responder a todas as outras. Portanto, ele destaca que não é preciso analisar toda e qualquer concepção sobre o homem, e sim, quatro delas: a concepção antiga, a concepção clássica, o homem das “ciências humanas” e o homem - ser natural entre outro; concepções importantes pela sua teoria na historia das ciências e pela sua dimensão prática, moral e política.
A primeira concepção citada pelo autor é a antiga, em que Aristoteles elaborou uma teoria que foi muito influente em toda historia do pensamento sobre a definição do homem a resposta para a problemática é: um ser vivo, ou como define ele, zôom, que é comumente traduzida por “animal”, mas a