bloqueador neuromuscular
01/06/2005 – Profª. Roberta
A contração muscular ocorre graças à liberação da acetilcolina, que vai agir nos receptores nicotínicos das placas motoras.
Conceito:
Bloqueadores neuromusculares (BNM) são agentes que atuam bloqueando a transmissão na junção neuromuscular.
Histórico:
Índios da bacia amazônica:
- As flechas envenenadas com extratos vegetais causavam paralisia e morte da caça e da pesca
- Ausência de sintomas de intoxicação de quem consumia: os índios comiam a carne e não se intoxicavam
- Substância de vegetais sul-americanos: foi chamada inicialmente de “curare”
1850: Claude Bernard
- Mostrou efeito periférico (entre junção nervosa e muscular, na placa mioneural)
1942: Griffth e Jonhson
- Uso da d-tubocurarina pela primeira vez em anestesiologia para relaxamento muscular (campo imóvel) durante cirurgia
Transmissão Neuromuscular:
Classificação, mecanismo de ação e farmacocinética dos bloqueadores neuromusculares:
Bloqueadores neuromusculares competitivos, adespolarizantes ou estabilizantes:
- Impedem (bloqueiam) a ligação da acetilcolina com receptores nicotínicos, pois se combinam com receptores nicotínicos na placa motora, mas não os ativam. Para produzir efeito, no mínimo 70% dos receptores nicotínicos precisam estar bloqueados.
- Impedem a despolarização da membrana.
- Essa é ação dos extratos vegetais utilizados pelos índios e de vários derivados.
- Essas substâncias possuem amônia quaternária em sua estrutura, o que as torna muito ionizáveis. Por serem substâncias pouco lipossolúveis, não são absorvidas por via oral (baixa absorção gastrintestinal). Isso explica o fato que os índios não se intoxicam com a carne (caça ou pesca).
- Não atravessam barreiras celulares, inclusive barreira hemato-encefálica. Atravessam pouco a barreira placentária; doses baixas não terão efeitos significativos sobre o feto.
- A duração é variável.