| BLOCH, MARC Apologia da história ou o ofício do historiador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001. | P.52 P.53-54 P.55 P.56 P.57 P.58 | '' Não deixa de ser menos verdade que, face à imensa e confusa realidade, o historiador é necessariamente levado a nela recortar o ponto de aplicação particular de suas ferramentas; em consequência, a nela fazer uma escolha [...] uma escolha de historiador. Este é um autêntico problema de ação. * Segundo o autor o passado não pode ser considerado uma ciência pois nele não encontramos pontos em comum ente os fatos a não ser a contemporaneidade.Bloch usa o exemplo da cidade de Bruges para ilustrar o que seria o ''objeto da história'' em que os homens são seu principal alvo. * '' São os homens que a história quer capturar'' * '' Mas cada ciência tem sua estética de linguagem que é própria. Os fatos humanos são, por essência, fenômenos muito delicados, entre os quais muitos escapam à medida matemática. Para bem traduzi-los [...] uma grande finesse de linguagem são necessárias.'' Ciência dos homens, dissemos. É ainda vago demais. É preciso acrescentar: dos homens, no tempo''. * O autor levanta a problemática do tempo ,que é contínuo, logo, sempre está sofrendo mudanças. * '' Sejam dois períodos sucessivos, recortados na sequência ininterrupta das eras. Em que medida - o vínculo que estabelece entre eles o fluxo da duração prevalecendo ou não sobre a dessemelhança resultante dessa duração - devemos considerar o conhecimento do mais antigo como necessário ou supérfluo para a compreensão do mais recente ? '' '' [...] a explicação do mais próximo pelo mais distante dominou nossos estudos ...'' * Com os estudos das origens o passado daria sentido ao presente. A ''obsessão das origens '' estava muito presente na Alemanha e na França. * '' Na história religiosa, o estudo das origens assumiu espontaneamente um lugar preponderante, porque parecia fornecer um critério para o próprio valor das religiões.