Bloch

540 palavras 3 páginas
A História, para Bloch, não pode ser pensada fora do seu conjunto do seu momento, o homem é aquilo que o seu meio o fez ou faz, estudar a História dos homens sem lhe vasculhar seu momento, suas preocupações sociais e limitações temporais é correr atrás de algo para fazer “suposições” ou para, no máximo, construir uma História narrativa, algo que para Bloch era para ser totalmente mudado, para Bloch o passado serve para a compreensão do presente, e mais “a ignorância do passado não se limita a prejudicar a compreensão do presente; compromete, no presente, a própria ação” 6. Uma de suas criticas mais severas é a busca incessante dos historiadores tradicionais pela origem dos fatos, o que o autor chama de ídolo das origens, uma busca que em nada ajudaria a compreensão da História, já que o que determina o papel da Nova História não é narrar ou julgar o passado e, sim, antes de tudo produzir uma compreensão da mesma através de formulações de problemas e questões de acordo com os anseios do seu tempo. Sempre que possível dialogando com outras ciências para que assim se possa ter uma maior visão ou uma compreensão global dos fatos.
O passo seguinte é o da observação histórica. Se pretendemos estudar o passado para compreender o presente, temos de buscar „instrumentos‟ de navegação, já que jamais poderemos tocar o passado, a não ser indiretamente.
Nisto, há um problema, já que essas testemunhas dos fatos históricos (quase sempre) não estão mais entre nós. Temos de buscá-las nos velhos relatórios de guerras, nos arquivos governamentais, nos depoimentos dos condenados à
Inquisição. Nesta busca do passado, o historiador não fica totalmente „à mercê‟ do que é dado. Ele pode interferir através de suas escolhas, da orientação de seu olhar, da pesquisa associada a outras disciplinas, como Bloch já preconiza na Introdução de sua obra. Os historiadores positivistas viam nos documentos, e mais, apenas nos documentos oficiais (dos governos, da Igreja ou

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