Birra
Cada birra tem que ser tratada de forma diferente em função da causa. Se a criança está triste ou desapontada com alguma coisa, mais do que ser punida, precisa de conforto e de nos ouvir dizer que compreendemos a sua tristeza.
Quem tem filhos com idades entre 1 e 3 anos e nunca se confrontou com uma daquelas birras que deixam o pai mais sereno e calmo fora de si? De facto, as crianças nesta idade são especialistas neste tipo de comportamento, até porque rapidamente se apercebem que, com estes ataques de mau génio, conseguem de nós a atenção que querem a cada momento.
As birras são mais um dos comportamentos que fazem parte do processo desenvolvimental de cada criança. Antes dos 2 anos, as crianças começam a desenvolver o sentimento de si, a experimentar a importância de se tornarem independentes e de terem algum controlo sobre o meio e as pessoas que a rodeiam. A nível do temperamento, cada criança tem também as suas características específicas, havendo, por isso, crianças com mais predisposição para birras do que outras.
Comportamentos como chorar, gritar, pontapear, atirar-se ao chão são muitas vezes a forma que a criança encontra de exprimir o seu cansaço, stress, frustração, desconforto ou simplesmente a necessidade de nos ter por perto. As crianças são muito sensíveis a acontecimentos de vida, que por muito insignificantes que sejam aos nossos olhos e ao nosso sentir, podem ser causa de uma grande frustração e tristeza à sensibilidade de uma criança. Importa, pois, que estejamos atentos e avaliemos, antes de mais, a situação para perceber o que provocou a birra. Cada birra tem que ser tratada de forma diferente em função da causa. Se a criança está triste ou desapontada com alguma coisa, mais do que ser punida, precisa de conforto e de nos ouvir dizer que compreendemos a sua tristeza.
As birras não tem que ser vistas como maus comportamentos e podem até converter-se em ótimos momentos de educação. Para sair