Bioética
Reich WT, Encyclopedia of Bioethics.
New York: MacMillian, 1995: XXI
A bioética tem suas raízes ideológicas nas ruínas da 2° Guerra Mundial, quando se estimulou a consciência dos homens a uma profunda reflexão, com o intuito de se estabelecer uma fronteira entre a ética e o comportamento.
A partir desse marco, estimulou-se a exigência de uma ética no campo biomédico, fundamentada na razão e nos valores objetivos da vida e da pessoa.
Van Rensselaer Potter, formulou sua definição que trazia o sentido de ética na terra: "Nós temos uma grande necessidade de uma ética da terra, uma ética para a vida selvagem, uma ética de populações, uma ética do consumo, uma ética urbana, uma ética internacional, uma ética geriátrica e assim por diante (...) Todas elas envolvem a bioética, (...)".
Pode-se então definir a bioética como um estudo sistemático da conduta humana examinada à luz dos valores e dos princípios morais. Trata-se de um "braço" da ética geral. Seu objetivo não é elaborar novos princípios éticos gerais, mas aplicar esses princípios no âmbito das ciências da vida e do cuidado da saúde, em especial aos novos problemas que estão surgindo.
PRINCÍPIOS da bioética:
Principialismo: é a teoria prática normativa que estabelece os fundamentos para a bioética. Considerada Prima facie, isto é, possuem validade a primeira vista, mas não são absolutos.
- princípio da beneficência: ponderação entre riscos e benefícios, tanto atuais quanto potenciais, individuais ou coletivos, comprometendo-se com o máximo de benefícios e o mínimo de riscos e danos;
- princípio da não maleficência: é o mais controverso de todos. Envolve abstenção, enquanto o da beneficência requer ação. É devido a todas as pessoas, ou seja, é abrangente,