Bioética
Quando recebi o convite de estar aqui hoje junto dos senhores para falarmos sobre ética senti imediatamente o peso desta responsabilidade. Não é fácil falar sobre ética quando se tem dimensão da sua complexidade e abrangência. Afirmo isso porque não vejo a ética simplesmente como um código de princípios e moralidades, alia a ética se separa da moral. Penso que, que na reflexão sobre a ética, esbarramos em “monstros” que são da natureza humana. Numa reflexão profunda, analítica e idealística, a ética se contrapõe ao “desejo” humano. Se evocarmos a ética na esfera da práxis, trazê-la à tona no campo da realidade, descobriremos o quanto ela, a ética, é hipócrita, pois vai sempre esbarrar na “necessidade” humana. E, por fim, quando se fala em ética, me sinto constrangido a dizer que em seu bojo há um misto de valores que não podemos evocar quanto verdadeiros, afinal só a Teologia se arrisca a afirmar sobre a existência de uma verdade absoluta e imutável, em contra partida, a Filosofia afirma que a “verdade” humana é relativa e regional. Cada um tem sua verdade, não podemos dizer que uma verdade é absoluta, única, porque apesar de toda característica animalesca, instintiva e irracional que trazemos em nosso código genético, também temos a razão, que nos acompanha e nos da a titularidade de Homiens sapiens. De outra forma não se conclui que cada ser em si, é bem peculiar. Cada ser tem sua individualidade. Os animais, numa forma geral são bem previsíveis, cada um dentro de seu grupo. Os seres humanos já são bastante complexos quanto à isso. Não se pode dizer o que se passa na cabeça de cada um. É por isso que a verdade também é bem pessoal. Cada ser tem sua perspectiva, sua forma de ler a realidade e cada realidade é modificada pela ação destes que formará um novo paradigma que irá fazer parte de novas gerais, cirando uma engrenagem constante e ínfima. Então, a ética será re-desenhada neste contexto. É aqui o meu dilema, pois quaisquer afirmação