bioética
Um dos conceitos que definem Bioética (“ética da vida”) é que esta é a ciência “que tem como objetivo indicar os limites e as finalidades da intervenção do homem sobre a vida, identificar os valores de referência racionalmente proponíveis, denunciar os riscos das possíveis aplicações” (LEONE; PRIVITERA; CUNHA, 2001).
Para isso, a Bioética, como área de pesquisa, necessita ser estudada por meio de uma metodologia interdisciplinar. Isso significa que profissionais de diversas áreas (profissionais da educação, do direito, da sociologia, da economia, da teologia, da psicologia, da medicina etc.) devem participar das discussões sobre os temas que envolvem o impacto da tecnologia sobre a vida. Todos terão alguma contribuição a oferecer para o estudo dos diversos temas de Bioética. Por exemplo, se um economista do governo propõe um novo plano econômico que afeta (negativamente) a vida das pessoas, haverá aspectos bioéticos a serem considerados.
O termo bioética surgiu na obra do biólogo e oncologista Van Tensselaer
Potter (1970), pela necessidade de uma ética da vida e de um novo paradigma da
Ciência englobando biologia, humanidade, ciência social. Reconhecida na 33º
Conferencia Geral da UNESCO (2006 – Paris), referenciada por 19 países, foi normatizada pela declaração sobre bioética. Na redbioetica (Bueno Aires), defenderam-se modificações na Declaração, homologou-se o Estatuto
Epistemológico da Bioética, traduzido no Brasil como “Bases Conceituais da
Bioética”. O Sexto Congresso Mundial de Bioética ampliou as Bases Conceituais, criou o dicionário Latino-americano de Bioética (Juan Carlos Tealdi), reconstruiu a teoria dos fundamentos conceituais bioéticas concernentes a realidade da região latino-americana. Foi mundialmente conhecida (1990) pela redução a temas biomédicos (Encyclopedia of bioethcs – Instituto Kennedy). No Quarto Congresso
Mundial (Tóquio – Japão), resgatam-se os princípios de Potter, incluindo questões da qualidade de vida