bioética
1993/2013
Comemorando a maioridade na SciELO
Editada pelo Conselho Federal de Medicina - CFM desde 1993, a Revista Bioética é pioneira em sua especialidade no Brasil. Ao longo desses 21 anos, vem fomentando a reflexão e o debate de questões bioéticas e de ética médica entre profissionais e pesquisadores da área da Saúde, contribuindo sobremaneira para o desenvolvimento desse campo de estudo no país.
Com tiragem de 10.000 exemplares distribuídos gratuitamente, pode também ser acessada, na íntegra, no site do CFM, em português e inglês. Embora patrocinada pelo CFM, mantém completa independência e sua política editorial, composição do Corpo Editorial e pareceristas ad hoc, bem como as opiniões expressas nos artigos, não refletem, necessariamente, a posição da plenária da instituição.
Breve histórico da constituição da Bioética
Originalmente cunhado nos Estados Unidos na década de 1970, o termo “bioética” procurava designar a necessária interface entre as ciências biológicas e a reflexão humanista, no intuito de estabelecer parâmetros para lidar com os problemas ambientais e as descobertas em biotecnociência, que já se desenhavam na ocasião. A acepção mais difundida consorciou a bioética à área biomédica, especialmente à Teoria Principialista, cujos marcos conceituais
(beneficência, não maleficência, autonomia e justiça) acabaram identificados como “a”
Bioética. Esta perspectiva primeva, sob a qual se disseminou mundialmente o termo, implicou que os conceitos norteadores do principialismo se tornassem sinônimo desse campo de estudos e a área biomédica fosse considerada seu único âmbito legítimo de atuação.
Ao abrigo desse marco as temáticas discutidas focavam-se nas descobertas biotecnológicas e em sua aplicação pela Medicina. Com isso, a bioética adquiriu um caráter “exótico” para o senso comum, que a associava às “novidades” científicas que surgiam: os transplantes cardíacos, a fecundação assistida e a genômica, mesmo