Bioética e o tribunal de nuremberg
Prof.: Antônio de Souza A
Academico: Everton
APONTAMENTOS ACERCA DA BIOÉTICA E O TRIBUNAL DE NUREMBERG
Em pesquisas realizadas em artigos de ordem acadêmica, e me apropriando das palavras de Ramos 2001, vem a ser a bioética “o estudo da moralidade da conduta humana no campo da ciência da vida” e acrescenta ainda o autor ser “o olhar para a vida e para tudo, para todas as áreas do conhecimento que, de uma forma ou de outra, tem implicações sobre a vida”.
O grande desenvolvimento científico e tecnológico verificado na área da saúde fez com que inúmeras novas questões fossem apresentadas aos profissionais que atuam nesta área, de forma especial aos médicos. O nascer e o morrer, a alocação de recursos e os limites da pesquisa em seres humanos são exemplos disto.
Reforçando essa afirmação cito o exemplo exposto pelo professor em sala de aula no caso que ocorreu em 1998, dezesseis equipes de pesquisadores iniciaram experimentos com 17 mil mulheres grávidas portadoras de HIV no continente africano com intuito de testar a eficácia de um tratamento com AZT na redução da transmissão do vírus de mãe para filho.
Diante desse fato podemos questionar até que ponto a ciência pode apropriar-se desses corpos? o corpo deixa de ser alguém para ser transformado em um elemento que serve de suporte aos processos biológicos, que pode contribuir para conhecer os fenômenos populacionais, conforme salienta Michel Focault ao classificar esse comportamento como biopolítica onde as leis reconhecidas pelos povos são substituídas pelos fatos científicos, pela urgência e imediatismo.
A apropriação dessas vidas apresenta-se como mais um crime cometido sobre a justificante da ciência, será que tão diferentes das atrocidades cometidas durante a Segunda Guerra Mundial, especialmente pelos nazistas, fez com que fosse proposto, pelo Tribunal de Nuremberg, a primeira recomendação de conduta adequadas à pesquisa em seres humanos, de abrangência