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A felicidade como questão filosófica
O filósofo Franklin Leopoldo e Silva explora as dificuldades para se abordar o tema da felicidade. Em parte, essas dificuldades decorrem do fato de o ser humano ser multifacetado e, por vezes, contraditório. O problema aumenta quando verificamos que há uma incompatibilidade entre a felicidade que consideramos verdadeira e aquela que buscamos na vida. Fato de a felicidade se apresentar como uma necessidade para cada um que vem a legitimidade para investigar como os homens a têm concebido e praticado.
Felicidade
Felicidade encontra, naturalmente, muitos obstáculos. Dentre eles, podem-se ressaltar pelo menos dois: em primeiro lugar, a felicidade, como tema constante da filosofia, da literatura, da religião, da ciência, da técnica, da organização moral dos modos de vida etc. Em segundo lugar, em todas as concepções de felicidade, nunca se afirmou que ela tenha sido alcançada completamente, de modo a contemplar todas as necessidades e desejos no grau de satisfação em princípio exigido por cada uma delas.
O que se pode concluir dessa conjunção entre diversidade e persistência do tema é a necessidade de pensar a felicidade e de persegui-la na prática. E sem dúvida uma das questões mais difíceis acerca da felicidade consiste em estabelecer uma relação tal que a felicidade que pensamos como verdadeira seja efetivamente aquela que buscamos obter na vida.
Essas perguntas poderiam ser respondidas dogmaticamente, pelo sim ou pelo não. Mas não se trata de resolver a questão e sim de considerar as dificuldades de toda ordem que se apresentam quando examinamos o desejo de felicidade.

Uma nova concepção de corpo
O filósofo Jean-Paul Sartre estabelece a distinção entre o corpo para o outro e o corpo para mim. O corpo para o outro é esse corpo visto de fora, do exterior, é o corpo da fisiologia. Bem diferente é o corpo para mim, o corpo que sou. Sobre ele não é possível a visão de fora. Essa maneira de formular a questão do corpo