Bioquimica da silagem ( conservação de forragens)
A sazonalidade da produção das pastagens naturais e cultivadas, e o aumento das exigências nutricionais dos ruminantes, torna imprescindível o uso de forragens conservadas, para atender a demanda no período critico de produção dos pastos. Também o crescente aumento da exploração animal em regime de semi-confinamento ou confinamento total, torna indispensável o uso de feno ou silagem.
Embora a ensilagem seja um método bastante simples eficiente de conservar forragens, faz-se necessária uma serie de conhecimentos a serem aplicados para obter-se um produto de qualidade semelhante á forragem fresca.
A conservação de forragens como silagem envolve um complexo processo bioquímico e microbiológico, da colheita até sua utilização na alimentação animal.
2. BIOQUÍMICA DA SILAGEM
2.1 Fase aeróbia
É o primeiro estágio, envolvendo a morte dos tecidos das plantas e rápida exaustão do oxigênio, seguido pela proliferação de bactérias aeróbias.
Um dos fatores mais importantes na qualidade da silagem é a disponibilidade de oxigênio, promovendo a respiração, crescimento de fungos, e consequentemente liberação de calor, aumentando os produtos na reação de Maillard.
Durante essa fase, os carboidratos solúveis em água (CS) são convertidos para CO2 e H2O nas células das plantas e pelos microorganismo aeróbios, com liberação de calor. Esse processo continua ate que o O2 seja eliminado no meio. Em condições ideais de umidade, tamanho das partículas e compactação, a fase aeróbia pode durar poucas horas. No entanto, um silo com vedação inadequada e mal compactado pode sofrer um efeito negativo prolongado, reduzindo a estabilidade da silagem pela proliferação de microorganismos aeróbios, como fungos e leveduras.
A fase aeróbia é ineficiente em perspectivas de conservação de material ensilado, porém, pode trazer alguns benefícios, como criar condições anaeróbias e produzir compostos bioquímicos (antimicóticos) que aumentam a estabilidade das silagens durante o