Bioinseticidas
LUIS FELIPE LEONE MOREIRA
BIOINSETICIDAS
PIRACICABA 2012
1. INTRODUÇÃO
Algumas espécies de insetos são consideradas pragas importantes na agricultura brasileira, como as lepidopteras: Spodoptera frugiperda, Anticarsia gemmatalis e Plutella xylostella. Outros podem ser vetores de doenças como a dengue, febre-amarela e filariose, como os mosquitos Aedes aegypti e Culex quinquefasciatus. O Brasil possui uma das mais ricas e diversificadas faunas de predadores e parasitóides de insetos-pragas agrícolas do planeta, é um dos países que mais despende divisas com inseticidas. Anualmente, mais de 800 milhões de dólares são gastos apenas com inseticidas, valor que ultrapassa os 2 bilhões de dólares se computados os demais agrotóxicos (fungicidas, herbicidas, acaricidas e outros). Além do custo financeiro, deve-se considerar o pesado ônus imposto ao meioambiente, na forma de contaminação do solo e da água, intoxicação de animais silvestres e do homem e, na agricultura, pela eliminação de espécies de insetos que naturalmente controlam as espécies fitófagas. O uso abusivo e indiscriminado de inseticidas na agricultura brasileira vem conduzindo a um ciclo crescente de dependência a esses produtos, consequência do ressurgimento das espécies daninhas e do aparecimento de novas espécies-pragas, devido à erradicação dos inimigos naturais dessas espécies. Outro problema paralelo é a capacidade das pragas em se adaptarem aos pesticidas, tornando-os resistentes, o que obriga a utilizar de novos produtos, cada vez mais tóxicos e prejudiciais ao meio ambiente. Neste sentido os agentes biológicos surgem como uma alternativa importante e mais segura para o controle de pragas, através do uso de feromonios e entomopatogenos. Os entomopatogenos (agentes capazes de provocar doenças em insetos) serão o foco deste estudo, neles estão incluídos