Bioinseticidas
Algumas espécies de insetos são consideradas pragas importantes na agricultura brasileira, como as lepidopteras: Spodoptera frugiperda, Anticarsia gemmatalis e Plutella xylostella. Outros podem ser vetores de doenças como a dengue, febre-amarela e filariose, como os mosquitos Aedes aegypti e Culex quinquefasciatus. O uso inadequado dos chamados inseticidas químicos para o controle de muitos destes insetos vem causando nos últimos anos um desequilíbrio nos ecossistemas por poluírem o meio ambiente, atuarem sobre os inimigos naturais e promoverem o surgimento de populações de insetos resistentes. Neste sentidom os agentes biológicos surgem como uma alternativa importante e mais segura para o controle de pragas. Muitas bactérias são vistas como um problema na industria de alimentos, por produzir toxinas e apresentar esporos altamente resistente a processos de higienização. Porém algumas bactéiras, em especial as formadoras de esporos, produzem moléculas importantes (solventes, antibióticos, enzima e inseticidas), e devido a sua especificidade serão bem adaptadas ao controle biológico. As bactérias formadoras de esporos pertencem em sua maioria a família Bacillaceae, incluindo cinco gêneros: Bacillus, Sporolactobacillus, Clostridium, Desulfotomaculum e Sporosarcina. São também essas bactérias formadoras de esporos as de maior potencial para o controle biológico, pelas mesmas características que lhes conferem resistência as condições adversas ambientais e de processamento industrial. Em conjunto com o desenvolvimento da agrigultura nos últimos trinta anos ocorreu também a intensificação do uso de pesticidas químicos, devido ao grande aumento do ataque de insetos, estima-se que os mesmo representa em torno de 30% das perdas em colheitas e na estocagem. Com esse aumento surgiram os problemas de toxidez, devido as resíduos que permanescem na área aplicada e ao seu uso indiscriminado. O uso intenso de agrotóxicos pode levar a