biografia
As leis de Newton do movimento são válidas para sistemas de referência inerciais (sem aceleração). Para usá-las num sistema não inercial pode-se adaptar as leis de Newton introduzindo forças fictícias. A conexão entre uma aceleração observada de um sistema inercial, , e aquela observada de um sistema não inercial, , é dada por: ,
(7.4)
onde a aceleração fictícia, , é dada por ,
(7.5)
sendo A a aceleração do sistema não inercial. A (7.4) pode ser escrita em termos de forças, multiplicando-se os termos pela massa: .
(7.6)
Considerando-se parcelas de massa unitária, a (7.4) e (7.6) são numericamente iguais.
Um exemplo de fácil compreensão é o de um passageiro fixo a um carro que descreve uma curva circular de raio r, com velocidade . Um observador externo constata que o carro e o passageiro estão submetidos a uma aceleração centrípeta que muda continuamente a direção de sua velocidade (Fig. 7.3) e que é dada por
onde é o vetorunitário dirigido do centro para o carro.
Fig. 7.3 - Corpo em trajetória circular.
O corpo passa de 1 para 2 e de 2 para 3 em intervalos de tempo unitários.
O passageiro fixo ao carro está, contudo, em repouso em relação a um sistema de coordenadas também fixo ao carro. Para expressar esta condição de repouso (ou força resultante nula), usando as leis de Newton, é necessário adotar a existência de uma aceleração centrífuga, :
tal que a força resultante seja nula:
No caso do movimento do ar segundo um sistema de coordenadas que gira junto com a Terra (Fig. 7.4), aparecem duas forças fictícias: a força centrífuga e a força de Coriolis. A força centrífuga vai alterar a força de atração gravitacional verdadeira entre a parcela