biografia
Parte do projeto paulista para a Copa do Mundo de 2014, as obras viárias têm o custo de R$ 478,2 milhões, bancado por um convênio entre prefeitura (responsável por R$ 132,3 milhões) e Estado (R$ 345,9 milhões). De acordo com o calendário previsto, devem terminar em março do ano que vem, três meses antes do início da Copa. Para Lúcio Gregori, engenheiro civil e ex-secretário municipal de transportes em São Paulo, trata-se de uma grande verba aplicada em um projeto ineficaz:
— O investimento em obra viária costuma ser dinheiro jogado fora em cidades como São Paulo. Haverá uma melhora instantânea no fluxo, mas quando a população perceber o novo caminho, o congestionamento se reestabelecerá. Isso costuma acontecer um ano depois das obras. O crescimento da frota da cidade é desproporcional ao da malha viária.
Na capital paulista, hoje, há mais de 7,1 milhões de veículos, de acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego, a CET. Somente entre 2005 e 2011, a frota aumentou em 35%. Esses números, diz Sérgio Ejzenberg, engenheiro e mestre em transporte pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, revelam o quão dramática é a situação de mobilidade na capital. Segundo Ejzenberg, o governo deveria aproveitar a Copa para investir em soluções grandiosas para a cidade, a exemplo dos 18 quilômetros de metrô por ano que Barcelona fez para sediar os Jogos Olímpicos de 1992. Em São Paulo, o sistema de metrô tem