bioetica
O presente traz considerações sobre a adoção da prática da produção de alimentos transgênicos e sobre o componente ético contido dessa nova prática.
Palavras-chave: alimentos transgênicos, ética.
Através da história a ciência tem proporcionado ao homem apreender o ambiente no qual está inserido e transformá-lo conforme as suas necessidades. Neste cenário surge a polêmica questão dos alimentos transgênicos resultante do avanço na Engenharia Genética.
Os transgênicos são alimentos manipulados geneticamente, através da tecnologia do DNA recombinante que proporciona, entre outros: a transferência de genes animais para espécies vegetais e vice-versa; e retirada de genes responsáveis, por exemplo, pela reprodução da planta.
O sociólogo Max Weber em seu texto “ A ciência como vocação” já fazia a seguinte reflexão quanto as contribuições científicas: “ A ciência Natural nos dá uma resposta para a questão do que devemos fazer se desejamos dominar a vida tecnicamente. Deixa totalmente de lado, ou faz as suposições que se enquadram nas suas finalidades, se devemos e queremos realmente dominar a vida tecnicamente e se, em última análise, há sentido nisso.” Nota-se a necessidade latente de se avaliar os benefícios provenientes do avanço científico e a maneira como a humanidade deve lidar com as suas conquistas.
A contribuição bioética é fundamental na busca de caminhos viáveis diante de conflitos que surgem entre a moral e a conveniência de se adotar alimentos alterados geneticamente, por exemplo. Pois através da abordagem bioeticista haverá a confrontação entre o funcional e o tradicional, o sagrado ( intocável ) e aquilo que é vulnerável à ação humana e, portanto, mutável. Os debates bioéticos proporcionam o encontro de opiniões divergentes que almejam algo comum: a vida em sociedade apesar da pluralidade de atores sociais existentes.
No cenário brasileiro a soja transgênica, em virtude de seus benefícios e malefícios, tem sido alvo, inclusive, de análises