Escandalo na BBC
Por Gabriela Ferigato* | 12/08/2013 14:50
Os últimos meses não foram fáceis para a tradicional emissora inglesa BBC, que prestou contas sobre as acusações de crimes sexuais contra dois de seus veteranos apresentadores: o falecido Jimmy Savile, que foi agraciado pelo título de "sir" pela rainha Elizabeth 2ª, e Stuart Hall, conhecido pelo programa familiar de TV "It's a Knockout".
Mesmo com os escândalos e afirmações de que a emissora esteja enfrentando “uma das piores crises de sua [longa] história”, Jim Egan, CEO do BBC Global News, em entrevista exclusiva à IMPRENSA, em São Paulo (SP), destacou que essa pode ser a maior crise, mas apenas por ser a mais recente.
No Brasil onde participou da "Feira e Congresso da ABTA" - de 06 a 08/08 - o executivo acredita que os eventos não irão afetar a credibilidade da BBC, por terem acontecido no passado e pela forma transparente e precisa que a emissora lidou com os casos. Saindo do assunto polêmico e entrando na esfera ‘promissora’, o CEO também pontuou a relação da corporação com o Brasil e sua estratégia global, definida como “multimídia” e “multilíngue”.
Crédito: Edson Caldas/IMPRENSA
Jim Egan, CEO do BBC Global News,
IMPRENSA - Qual é a estratégia global da BBC?
JIM EGAN - Os dois serviços ‘BBC World News Channel’ e o website, ambos em inglês, são suportados pelos anúncios. O ‘BBC Channel’ existe há 22 anos e o website há 12 anos. A BBC é britânica, mas esses dois serviços não tem como foco a Inglaterra. A agenda está direcionada à política internacional, finanças e esportes. Nossa estratégia é simplesmente sermos lembrados como a melhor empresa de notícias internacionais. Temos operação em outras 27 línguas, inclusive português e espanhol. Essa é uma importante estratégia para a BBC. Estamos em segundo lugar em audiência, atrás da CNN. Esse ano está sendo importante para nossa estratégia porque abrimos um novo centro de