BIG BANG
Componente de Química
Cap. 4 A Formação do Universo e das Estrelas.
A descoberta do Big-Bang.
O nascimento dos átomos e das estrelas.
A evolução das estrelas e a produção dos elementos químicos.
O Big-Bang.
Na primeira metade do século XX, uma sucessão de descobertas permitiu entender porque razão as estrelas eram tão diferentes umas das outras e, ao mesmo tempo, compreender qual era o seu “combustível” quase inesgotável, culminando na compreensão do nascimento das estrelas e do próprio Universo.
Em 1912, uma das astrónomas de Harvard, Henrietta Leawitt, descobriu uma particularidade importante das cefeidas, uma família de estrelas variáveis bastante brilhantes: o período destas estrelas era tanto mais longo, quanto maior a sua magnitude absoluta. Esta propriedade permitiu calcular a distância das cefeidas, uma vez que o período fornecia o valor de M e a observação o valor de m, bastando aplicar a relação M = m + 5 – 5 log d, para calcular a distância a que estrela se encontra de nós. Até então, o método utilizado (a paralaxe) apenas permitia o cálculo da distância de estrelas bastante próximas, no máximo, à distância de 100 anos-luz; a relação luminosidade-período permitiu determinar a distância de estrelas situadas a 10 milhões de anos-luz.
Esta descoberta foi fundamental para que, em 1924, o astrónomo do Observatório do Monte Wilson, Edwin Hubble, concluísse (quando descobriu cefeidas na nebulosa da Andrómeda) que algumas manchas luminosas, que existem em todas as constelações e a que se dava o nome de nebulosas, eram na realidade galáxias, como a própria Via Láctea, constituídas por milhares de milhões de estrelas e situadas a distâncias de milhões de anos-luz – até então pensava-se que todas elas eram aglomerados de estrelas, gases e poeiras situados no interior da Via Láctea e cuja distância em relação a nós não excedia alguns milhares ou até centenas de anos-luz .
O passo seguinte foi a descoberta em 1929,