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A metodologia adotada para a análise é correlacional. Assenta no estudo da relação
existente entre duas variáveis, de forma a tentar perceber se surgem em conjunto. Existe correlação se as variações de uma variável corresponderem às da outra. Contudo, correlação não é sinónimo de causalidade, sendo que as variáveis podem estar correlacionadas e uma não ser causa de outra (Hansenne, 2004). Assim, tenta-se analisar as dimensões latentes dos indivíduos, de forma quantitativa e indireta, através dos comportamentos.
2.
O Modelo dos Cinco Fatores da Personalidade propõe uma representação
compreensiva e parcimoniosa, em que as diferenças individuais podem ser determinadas por 5 dimensões (Neuroticismo,
Extroversão,
Amabilidade,
Abertura
à
Experiência
e
Conscienciosidade). Estes fatores ortogonais oferecem uma descrição global da personalidade e representam disposições reais para os indivíduos se comportarem de certa forma. Procurase, também, definir e diferenciar os muitos constructos de personalidade, já que estes incluem numerosas redundâncias. Estes fatores encontram-se em diferentes culturas e têm uma base biológica (Barros, 1997; Anderson, 1998). Comparando este modelo com a teoria de Fromm, vemos que este autor considera a personalidade como “a soma das qualidades psiquícas adquiridas e inatas que são características de uma pessoa e que a tornam única” (Hansenne,
2004). Fromm não divide a personalidade em fatores mas define seis caracteres que representam a forma como as pessoas consideram as coisas e pessoas. Todavia, a sua perspetiva é mais filosófica que científica. Enquanto o Modelo expõe uma abordagem suportada por investigação, Fromm não conseguiu conjugar os conceitos de necessidade e carácter num conjunto com significado. Existe dificuldade em transformá-los de forma a serem abordados cientificamente. As noções variam e isso torna-as vagas. Pelo contrário, os cinco fatores são dimensões comuns a