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D. Pedro casaldáliga nasceu no dia 16 de fevereiro de 1928.Ele chegou em 1968 ao Rio de Janeiro (onde ficou cerca de quatro meses). Saiu de Madrid a 11 graus abaixo de zero e chegou ao Rio de Janeiro a 38. Onde passou a fazer um curso que tem a igreja católica para missionário, assim pode praticar e ter noção das histórias do Brasil , ele era católico e foi no dia 16 de fevereiro que ele se consagrou, e já mandou uma carta pastoral. “Uma igreja da Amazônia em conflito com o latifúndio e a marginalização social.” E foi um grito! Porque escrevíamos dando nomes aos bois… “Isso provocou mais presença de repressão.” “Os índios sobram frente ao agronegócio” os índios, “já era uma atitude que continuava a política toda da colonização… Os índios sobravam. E estamos no mesmo problema… Sobram frente ao agronegócio. Porque a política indígena, a cosmo visão indígena, a cultura indígena, a economia indígena… É contrária à política e à economia do agronegócio. Por isso, eu dizia que tivemos problema na defesa desses três grupos de pessoas Os povos indígenas, os posseiros e os peões.”
“O problema é ter medo do medo”
“Detectamos o trabalho escravo. E o denunciamos… Foi aqui onde primeiro se denunciou o trabalho escravo.” Perguntado se em algum momento teve medo de morrer, o bispo do Araguaia não hesitou:
“Vários! Ainda agora, por exemplo… Essa situação dos intrusos, os que comandam a intrusão (de terras indígenas). Acham que a culpa principal é minha por eu ter defendido esses índios.”
“Mas (na ditadura) éramos todos ameaçados… Eu tenho uma significação por ser bispo. Lógico… Eu digo sempre que o problema não é ter medo… O problema é ter medo do medo, (porque o medo) é uma reação defensiva.”
A morte do padre Burnier
Casaldáliga e o padre João Bosco Burnier, assassinado por um policial, estavam numa delegacia para defender mulheres torturadas. Uma delas é a que aparece na foto ao lado, observada por Casaldáliga, de óculos. Aquela foi uma das