Biblioteca de Alexandria

A BIBLIOTECA DE ALEXANDRIA

A Biblioteca de Alexandria foi construída no séc. III a.C., desenvolvida durante o reinado de Ptolomeu II. Sua idealização é atribuída a Demétrio de Falério, que ainda durante o reinado de Ptolomeu I desejava que Alexandria, cidade egípcia onde se localizava a Biblioteca, pudesse competir culturalmente com Atenas. Ptolomeu I, inspirado pelo Templo das Musas, ou Museum, criado por seu pai, determinou que a Biblioteca fosse construída no bairro do Bruquéion, próximo ao palácio real. Durante sua existência a Biblioteca de Alexandria reuniu grande parte do conhecimento cultural e científico da época. Estima-se que tenha reunido entre 400.000 e 1.000.000 de rolos de papiro durante sua existência. Grandes avanços em diversos campos, como matemática, astronomia, mecânica e medicina, se deram graças à Biblioteca. Foi no complexo cultural instalado em Alexandria que surgiu a primeira teoria heliocêntrica, esboçada por Aristarco. Lá também foi feita a primeira medição precisa da Terra, por Erastóstenes, dentre outros trabalhos. Diversas teorias sobre a decadência e fim da Biblioteca dividem os historiadores. No entanto, é quase pacífico que sua destruição não resultou de um único evento, mas sim de vários. É frequentemente citado o incêndio provocado acidentalmente por Júlio César em 48 a.C., ao atear fogo na própria esquadra. O incêndio teria fugido de controle e atingido parte da Biblioteca. Uma teoria amplamente aceita é que a Biblioteca teria, por fim, sido destruída após Amr Ibn al-As invadir o Egito, por ordem do califa Omar de Damasco. O califa teria ordenado que todas as publicações cujo conteúdo não estivessem “de acordo com o livro de Alá” fossem destruídas. Novas teorias têm surgido mais recentemente. Uma delas credita a destruição da Biblioteca ao bispo Teófilo, um cristão fundamentalista que considerava a Biblioteca um depósito de maldades do paganismo e do ateísmo. Uma outra corrente defende que o declínio da Biblioteca deu-se