Beth Brait pronto
Nome: Rosana Ferraza Pires dos Santos RA 0050040817
Disciplina: Literatura Brasileira VI
Professora: Elizabeth Franke
Resenha: A personagem. Brait, Beth
Segundo Beth Brait, o leitor, durante a leitura, não consegue desvincular totalmente a personagem do ser real. Não por acreditarem que sejam pessoas reais, mas por se envolver tanto com a obra, que acreditam que essas personagens já existiram no mundo real. A personagem que não existe fora das palavras. No entanto, não há como recusar a relação existente entre personagens e pessoas, uma vez que as personagens representam as pessoas. Para conhecermos a personagem é necessário entender a construção do texto, a forma como o autor deu forma, independência, autonomia e vida a essas criaturas ficcionais.
Reprodução e invenção
A reprodução da imagem da pessoa não pode ser confundida com a pessoa propriamente dita. Embora seja uma reprodução fiel da pessoa, não é capaz de demonstrar a complexidade do ser humano retratado. Ao criar um ambiente para demonstrar determinada pessoa, o autor está inventando o ambiente, manipulando a essência da pessoa através de maquiagem, roupas, expressões, criando um enredo.
Estes são processos artísticos através de recursos de linguagem de que dispõe o autor, manipulando assim a realidade e preparando um ambiente para que a personagem criada possa habitar. Aristóteles é o primeiro a tentar definir a personagem, levantando aspectos importantes que marcaram, e marcam até hoje o conceito de personagem e sua função. O conceito de personagem defendido por Aristóteles permaneceu até meados do século XVIII.
- Personagem é reflexo da pessoa humana (mimesis)
- A existência da personagem obedece às leis particulares que regem o texto.
Perseguindo a personagem
Horácio associa o aspecto de entretenimento à sua função pedagógica, enfatizando o aspecto moral desses seres fictícios e concebe a personagem não apenas como reprodução dos seres,