Bernardino ramazzini
No ano de 2000 se comemorou o aniversário dos 300 anos da publicação De morbis artificum diatriba- Bernadino Ramazzini, (“As doenças dos trabalhadores” - traduzido para o português pelo médico Raimundo Estrela - 1999, 2ª ed., S. Paulo, Fundacentro), esta devia ser uma prática mais comum em homenagear certos célebres, mesmo que ainda sendo algo pequeno em comparação ao tamanho da importância de alguns feitos, por inúmeras personalidades de destaque e, em nosso meio, que é Segurança e Saúde no Trabalho, devemos não somente nos centenários, mas diariamente reconhecermos contribuições e figuras que trouxeram avanços significativos.
O italiano Bernardino Ramazzini (1633 – 1717), médico e professor em Modena e Pádua, tem seu nome escrito no quadro da medicina mundial, bem sabemos que ele não foi o primeiro, mas seus estudos que aqui serão lembrados, são preciosidades dignas de um apaixonado por soluções de doenças, ou melhor, um amante da vida, porque lutava a favor do fim de todos os males que afetavam os trabalhadores.
Digo que não foi o primeiro porque há registros de Hipócrates (c.460-c. 377 a.C) que conduzem a ser ele quem primeiramente observou uma doença profissional, à época, se tratava da cólica, que se dava pela extração de metais como o chumbo, seguido por Plínio o Velho (23 – 79) um médico romano que observou o envenenamento pelo mercúrio, doença típica de escravos do Império.
Bem mais a frente, ainda se destacaram; Georg Bauer (1494 – 1555), com estudos relativos as doenças contraídas por extração de minérios metálicos, o caso do ouro e da prata, de grande importância também porque descreveu sobre as dificuldades em respirar e a destruição dos pulmões causados pela inalação de poeiras, e a destaca-se também a contribuição de Paracelsus ( 1493 – 1541), por seus ímpetos em rasgar obras da medicina arábico-galênico, assim desviando-se dessas doutrinas, deu um enorme passo para que a medicina ocidental se