Bem estar poedeiras
Prelecionista: Tatiana Cristina da Rocha
Atualmente, o bem-estar é assunto de destaque dentro dos setores de produção animal. A preocupação dos consumidores frente às condições de criação dos animais e com a qualidade de produtos de origem animal vem aumentando devido a campanhas movidas pela comunicação social bem como da pressão de um número crescente de ONG’s (Organizações Não Governamentais). Essa situação tem promovido progressos legislativos consideráveis nos sistemas de criação, principalmente na União Européia.
O setor de produção de ovos comerciais é o mais criticado, devido ao uso do sistema de criação em baterias de gaiolas. Este tipo de sistema é o mais empregado e, com exceção de poucos países onde já existe uma legislação que proíbe seu uso, é o mais vantajoso para a produção de ovos. Nele é possível um maior controle sobre a produção, o manejo e sanidade das aves. Há maior facilidade na distribuição do alimento, na aplicação de medicamentos, vacinas e melhores condições de higiene.
Apesar dessas vantagens, o sistema de baterias de gaiolas tem sido muito criticado devido principalmente à privação das liberdades das aves, tais como as defendidas pela FAWC (FARM ANIMAL WELFARE COUNCIL, 1992), isso se deve a ausência de espaço e oportunidade de ciscar, empoleirar e fazer ninho, comportamentos naturais da espécie. Além disso, a constituição em arame das gaiolas pode causar desconforto nas aves, problemas de empenamento e nos pés, além de fragilidade óssea devido à falta de movimentação. Diante desses problemas foi elaborado na União Européia a Diretiva 1999/74/CE (COMISSION OF THE EUROPEAN COMMUNITIES, 1999) que estabelece normas mínimas de proteção das aves poedeiras e determina que as gaiolas sejam permitidas somente até o ano de 2012.
Diante dessa situação surgem novas tendências de sistemas criação de poedeiras comerciais, como o uso de gaiolas enriquecidas e os sistemas de criação sem gaiola