Belo trabalho
O imenso espaço cósmico tem fascinado a Humanidade ao longo dos séculos. A interpretação do Universo tem variado de acordo com as ideias dominantes em cada época e com as observações efectuadas.
As primeiras tentativas para explicar a origem e organização do Universo assumiram a forma de histórias e lendas em que deuses e criaturas míticas eram os responsáveis por todos os fenómenos que, até então, eram inexplicáveis.
Em termos científicos, foi nas antigas civilizações egípcias e gregas que se iniciou o estudo do Universo.
Nessa altura, pensava-se que a Terra era o centro do Universo e que os outros corpos celestes então conhecidos o Sol, a Lua, os planetas e as estrelas giravam em seu redor. Esta é a “teoria geocêntrica” do Universo, que foi defendida pelo astrónomo Ptolomeu e indiscutivelmente aceite durante séculos. Este astrónomo imaginou e explicou o comportamento dos “astros errantes” no firmamento. No sistema ptolemaico, cada planeta move-se numa pequena órbita circular, com a Terra como centro.
Para além deste conjunto planetário, ficavam as estrelas ou “astros fixos”. Esta interpretação da organização do Universo, embora falsa, era tão engenhosa que os astrónomos a aceitaram por muitos séculos.
No século XVI esta teoria foi posta em causa por Nicolau Copérnico, que defendia ser o Sol, e não a Terra, o centro do Universo.
Esta teoria, “teoria heliocêntrica”, encontrou oposição, principalmente por parte da Igreja, pois acreditava-se que a Terra era o astro mais importante do Universo.
Na tentativa de compreender o mundo de um modo mais racional, Galileu Galilei construiu, no séc. XVII, o primeiro telescópio (Luneta de Galileu), através do qual pôde observar, pela primeira vez as crateras da Lua, alguns satélites de Júpiter, as faces de Vénus e a rotação em torno do seu eixo. Galileu corroborou, assim, a Teoria Heliocêntrica de Copérnico. Por este facto, foi