beleza e função
A função veste uma forma, tal qual a forma inventa uma função.
Não há hierarquia entre forma e função, num contexto geral, nem tampouco certo ou errado, tudo depende de quem a cria.
A função investe mais na lógica, no pragmatismo. Enquanto a forma se preocupa mais com a arte, a criação. O que não significa que, função não permita arte e forma não permita lógica.
Arquitetura é um misto das duas. São igualmente indispensáveis. Pode-se criar uma forma sem ter que se preocupar com sua função, mais com certeza há de se inventar uma função para a forma criada. Do mesmo jeito, pode-se ter uma função e elaborar uma forma para que ela possa existir.
Refletimos para arquitetura o que somos o que pensamos o que almejamos e criamos. O que somos tem forma e o que almejamos tem função, já o que pensamos é nossa criação.
Há quem invista mais na forma por acreditar que o belo é mais arquitetura, pois não se preocupa apenas com a exatidão, utilizando-se predominantemente da arte de criar algo novo, interessante e belo.
Há quem prefira se concentrar mais na função pela convicção de que arquitetura é praticidade, foi criada para proporcionar conforto e harmonia, tendo como foco organizar os detalhes para que se tornem simples, fáceis e belos.
Às vezes, a função ignora a beleza da forma, tal qual a forma ignora a praticidade da função. Contudo ambas possuem a beleza da arquitetura, que é a arte/destreza de dar forma e/ou função a uma criação.