Espelho, espelho meu
A arte deve ser bela? Por que a arte esteve ligada por tanto tempo à questão da beleza? Em que consiste essa beleza da arte? Do belo ao choque.
O uso comum do termo estética aparece no nosso dia-a-dia relacionado diretamente a beleza, na maioria das vezes, física (clínicas de estética corporal, fácil, por exemplo) e com o agradável diante dos olhos (relacionado a um “senso estético”, uma combinação de fatores que resultam numa decoração estética valorizada). Contudo, há um ramo da filosofia que estuda racionalmente o belo e o sentimento que provoca nos seres humanos. Esse estudo chama-se Estética, o qual aparece tradicionalmente também ligado à noção de beleza. Neste trabalho, quando falarmos em estética estaremos nos referindo a esse sentido do termo.
Mas onde entra a arte nisso tudo? Durante muito tempo, a função da arte foi exprimir a beleza de modo sensível. É por isso, que ela terá um lugar privilegiado nas discussões e reflexões Estéticas. Sendo, a obra de arte, um objeto que se oferece ao sentimento e a percepção, a estética tentará compreender e fundamentar o jogo entre a arte e o belo. As concepções estéticas refletiram não só sobre a questão do belo na arte, mas também a relação entre arte e realidade, e a função da obra de arte. Além de fundamentais para a compreensão da história da arte, elas demonstram que o conceito de belo e de certo padrão de beleza são cultural, social e historicamente definidos.
A estética
Dizer se alguma coisa é bela ou feia significa fazer um julgamento de valor estético. E esse valor estético já foi chamado de beleza. A beleza é um valor que se modificou ao longo do tempo, mas que continua sendo o valor estético por excelência. A estética é um ramo da filosofia que se ocupa com as questões tradicionalmente ligadas à arte, como o belo, o feio, o gosto, os estilos e as teorias da criação e da percepção artística. O uso corrente da estética como sinônimo de beleza, surge daí. Mas, no sentido