bebidas gauchas
Há vários tipos de mate, todos preparados com base de erva (ilex paraguariensis), geralmente usam como recipiente a cuia de porongo, com auxílio de uma bomba de metal, tradicionalmente de prata e ouro.
Como curiosidade, vale dizer que no RS não se usa o tererê (mate frio) dos paraguaios, nem o "mate cocido" de argentinos e uruguaios.
O mate mais comum no RS é o chimarrão, amargo e quente, servido ao chiar da chaleira, quando a água alcança a temperatura de 92 C. O chimarrão tem história e folclore próprios, que incluem literatura e cancioneiro.
Entre as variações está o mate doce, que utiliza cuia de porcelana. Alguns exemplares raros são considerados joias de família. A água para o mate doce é a mesma do chimarrão. E pode-se usar açúcar, açúcar queimado ou mel.
Os índios guaranis, pioneiros do mate, usavam uma bomba de taquara chamada tacuapi. No momento do preparo, muitos gaúchos colocam plantas medicinais na cevadura do mate ou diretamente na água da chaleira. Os chamados avios do mate compreendem a chaleira, a cuia, a bomba e o recipiente onde se leva a erva.
Modernamente é muito comum um estojo chamado chimarrita, para levar os instrumentos. Para o preparo, aquece-se a água na chaleira, que é substituída em galpões ou acampamentos mais tradicionais pela cambona .
Ceva-se o mate sempre do lado esquerdo, usando a palma da mão para apertar a erva. Vale notar que David Blochtein, modernamente, inventou uma meia lua de alumínio com alça para essa tarefa, evitando, assim, manchar a palma da mão de verde. Com água ainda morna, enche-se o lado direito da cuia, em posição inclinada e coloca-se a cuia em descanso para inchar a erva.
Quando a água, aquecendo, atinge 70 C, começa a chiar, aí tira-se a chaleira do fogo. Com o dedo polegar da mão direita tapa-se o bocal e a bomba é introduzida lentamente na extremidade inferior da meia-lua da cuia que está com água, até o fundo.
Retira-se o polegar e a bomba suga