O contexto histórico das idéias Hobbesianas e Lockiana: A emergência do “Individuo Livre”
A filosofia política de Hobbes e Locke vem de uma época em que o homem estava iniciando uma nova forma de agir e pensar, um renascimento de idéias onde ele se desligou de toda e qualquer concepção de fora, se tornando capaz de pensar por si próprio buscando outra base para explicar a vida societária do homem. O processo cientifico passou a dever o desenvolvimento a um processo de aprendizagem, então as ciências modernas se compõem como uma forma de indagação do metódico da natureza.
Partindo do contexto histórico vivido por eles(uma sociedade mercantil emergente) imaginava-se um estado de vida pré-político, pré-social, onde era possível se criar uma instancia política capaz de assegurar os direitos naturais do individuo. Esse estado pré-politico foi chamado de estado de natureza, de onde surge os direitos políticos dos indivíduos em sociedade. A primeira vista o estado de natureza de Hobbes e Locke foi tomado como uma ficção teórica, essa ficção seria um “constructum” idealizado de como seria a sociedade emergente de suas época se esta fosse deixada para trás como a exclusiva da troca de mercadoria, então eles passaram a derivar o conceito de estado de natureza diretamente de fatos empíricos, recorrendo a realidade presente como em Hobbes, ou a um estagio recuado do tempo por eles vividos como em Locke.
O pensamento lockiano acredita que o homem é anterior a sociedade e o Estado, ou seja, o estado de natureza é algo real e que a maioria do seres humanos passou por ela. Essa idéia é, segundo o autor, demonstrada no trecho “As promessas e trocas para intercambio entre dois homens em uma ilha deserta, mencionada por Garcilaso de la Veja, na historia do Peru, ou entre um suíço e um índio nas florestas da América, os vinculam, embora estejam perfeitamente em estado de natureza entre si: visto como confiança e a manutenção da palavra pertencem aos homens como homens e não como