Bauman
O livro inicia procurando demonstrar os conflitos contra uma ambivalência que tem o bojo da desordem lingüística, interpretado e refletido como uma falha instigante da linguagem e o respectivo desempenho. A angústia humana em adequar a situação na busca das ações possíveis que permitam alternativas plausíveis quanto aos sinais da desordem. A ambivalência se reflete no caos e descontrole alarmante e com previsão para o final.
Bauman propõe a “busca da ordem” como saída do projeto modernista, contidas como proposições de Adorno e Horkheimer, ultrapassando os limites interpretativos desses autores. O ser humano a partir da modernidade não fracassou, produziu auto-conhecimento “A ambivalência, possibilidade de conferir a um objeto ou evento mais de uma categoria, é uma desordem específica da linguagem, uma falha da função nomeadora (segregadora) que a linguagem deve desempenhar… A ambivalência é, portanto, o alter ego da linguagem e sua companheira permanente – com efeito, sua condição normal.”, pg. 9.
Na estruturação como classificação dos eventos mundanos, a linguagem representa um mundo com bases sólidas e habitadas pelo homem, no qual o acaso que contingência a sobrevivência do ser, com a condição do aprendizado, poderia não representar uma situação de utilidade prática. O mundo estabelecido em uma ordem imanente, que prosseguiu com as possibilidades de realização de um evento, determinando o grau de sucesso no passado que direcionem a outras formas de acontecimentos futuros.
“Por causa da nossa capacidade de aprender e memorizar temos um profundo interesse em manter a ordem do mundo… . A situação torna-se ambivalente quando os instrumentos lingüísticos de estruturação se mostram inadequados; ou a situação não pertence a qualquer das classes lingüisticamente discriminadas ou recai em várias classes ao mesmo tempo.”, pg. 10.
O mundo