Bauhaus
No final da Primeira Guerra Mundial, a Alemanha derrotada encontra-se numa condição política, social e econômica trágica. Está dilacerada por conflitos de classe: de um lado, o povo... do outro, os militares e os grandes capitalistas que quiseram a guerra, os lucros da guerra. Invocam o rearmamento e um Estado forte que deveria buscar a revanche através de uma nova guerra.
CIDADE DESTRUÍDA PELA GUERRA
Agora é necessário opor a esse irracionalismo político, que leva à exasperação das contradições sociais e à violência, um racionalismo crítico.
Prova de que o funcionalismo arquitetônico alemão se insere nessa situação histórica é o fato de ter nascido a partir do expressionismo do Grupo de Novembro (1918), no qual se refletiam questões relacionadas à pesquisa de materiais para a construção civil e a pré-fabricação da arquitetura, e a ânsia por um renascimento ideal.
Walter Gropius, que logo tomará a frente do racionalismo alemão, participou da crise da utopia expressionista, agora passa a fazer uma lúcida defesa da consciência a partir da desordem e do desespero da catástrofe histórica.
Ao fundar a Bauhaus, Gropius convoca os artistas mais avançados, obtém a colaboração deles, convence-os de que o lugar do artista é a escola, sua tarefa social, o ensino.
Entende-se o por que disso: a finalidade imediata é a de recompor entre a arte e a indústria produtiva, o vínculo que unia a arte ao artesanato; realizada pelos artistas mais avançados a arte.
A maior força na arquitetura alemã nos anos 1920 foi, sem dúvida, a Bauhaus, fundada por Gropius, em 1919, dando continuidade aos princípios da Deutscher Werkbund, também inspirada no movimento inglês Arts and Crafts.
A Bauhaus foi uma escola democrática no sentido pleno do termo: precisamente por isso, o nazismo, tão logo chegou ao poder, suprimiu-a (1933). Fundava-se sobre o princípio da colaboração, da pesquisa conjunta entre mestres e alunos, muitos dos quais