baudelaire

666 palavras 3 páginas
Baudelaire abomina a equiparação da arte a fotografia, busca uma especificidade da arte e não uma “fatia da vida” como buscam os naturalistas. Acha que esse gosto pelo natural é uma submissão ao gosto das multidões o que acaba por subtrair poesia e beleza do que é próprio do fazer artístico.Ao espectador deveria ser permitido sonhar , completar o jogo no qual a arte deveria se inserir.Nota-se que sua teoria é muito próxima dos preceitos do teatro Simbolista.
Já no prefácio de Zola o que está em jogo é ser verdadeiro, naturalista determinista e científico ao extremo , revelando subjetividades e paixões de tipo banais porém ignorados até então pelos grandes dramaturgos , muito ainda preocupados com cenas de lutas de espada e donzelas virtuosas ou com o melodrama e sua engenhosidade baseada em trama piegas.Quando em falo em subjetividade do personagem que fique claro que é enquanto um ponto de vista objetivo do homem sobre ele mesmo e não uma sugestão ,um fragmento de sonho como veremos com os Simbolistas.Tais postulações constituíram uma verdadeira renovação, pois revelam o que é o próprio do tempo Moderno e a multiplicidade de experiências humanas que essa nova sociedade abarca.
Em resumo, enquanto Baudelaire praticamente propões uma ruptura da arte com os meios tecnológicos e científicos ; Zola os tem ,poderíamos dizer ,como modelo pois sua dramaturgia é calcada na ciência e segundo sua visão , no natural.
Como encenadores representantes dos ideais de Zola não posso deixar de começar citar a trupe do Duque de Meiningen. Seus cenários por exemplo deixaram de ser alegóricos e baseados telas de fundo pintadas, passaram a ter portas , pilastras, fisicalidade, utilidade... Os figurinos deixaram de ser os da moda corrente e passaram a ser calcados em pesquisas históricas.Os atores eram orientados a procurar dicção e movimentos mais naturais sempre buscando a verdade. Inclusive a possibilidade de se virar de lado em cena ,inconcebível até então e tão natural para nós

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